Mesmo com a aproximação da Black Friday e do Natal, os comerciantes brasileiros não encontraram razões para otimismo, de acordo com um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira (18).
O levantamento, conduzido em todas as capitais e no Distrito Federal, revela que a confiança no setor comercial diminuiu 1,3% em novembro em comparação com o mês anterior. Este é o terceiro declínio consecutivo no otimismo do setor.

A Confederação aponta que este resultado sugere que, apesar do aumento da movimentação de pessoas nas ruas e shoppings, o contexto econômico tem impactado a confiança empresarial. Fatores como inflação, desvalorização da moeda nacional e o aumento nos preços de combustíveis e energia dificultam a recuperação.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 119 pontos e mantém-se acima da marca de 100 pontos, que é o nível base de satisfação. Os valores do índice variam de 0 a 200.

As reduções mais significativas na confiança foram observadas nas regiões Norte (2,6%) e Sudeste (2,1%). No entanto, houve declínios também nas regiões Sul (1,2%) e Nordeste (0,8%). A exceção foi a região Centro-Oeste, que apresentou um aumento de 0,6% impulsionado pela prosperidade do agronegócio e das exportações. Todas as regiões, contudo, permanecem acima da marca de 100 pontos.

No que diz respeito ao porte das empresas, as médias e grandes estabelecimentos tiveram a maior queda de confiança, de 2,2%. Enquanto isso, os estabelecimentos de menor porte registraram uma diminuição de 1,3% no índice.

Os dados mostram uma oscilação no otimismo, visto que o índice de confiança caiu em oito dos 11 meses do ano. No entanto, o resultado mensal não anula o desempenho geral da confiança em 2021, que acumula um aumento de aproximadamente 9,7% até o momento.

By Wesley